Enfim, nu, como vim.

Senta que lá vem história!

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Minha relação com a confeitaria existe desde que me conheço por gente. Se iniciou com descobertas na cozinha da Vó Lenira, lá em Laranjal Paulista, com quem aprendi várias delícias inesquecíveis como minha sobremesa favorita: doce de abóbora em pedaços. Daqueles que ficavam de molho na cal e garantiam minha alegria em forma de casquinha perfeita com miolinho cremoso.

Minha mãe já não é muito de fogão, mas lembro bem do seu caderninho de receitas e deles tiramos várias delícias juntas como o bolo de fubá cremoso e suspiros deliciosos que inauguraram a batedeira planetária lá em casa.

A televisão também teve grande influência na minha vida. Lembro-me de chegar da escola faminta pelo almoço e pelas receitas do finado Note e Anote que me apresentou pessoas fantásticas como a Palmirinha e minha musa inspiradora Isamara Amâncio. Nos finais de semana ainda tinha a Marcela Sanchez na Rede Mulher (se não me engano…) que chegava com seu lindo sotaque argentino e mãos talentosas que modelavam pasta americana como ninguém. Acho que estas duas são as grandes culpadas por eu ter seguido carreira.

Entrei para a faculdade de Gastronomia já sonhando com a confeitaria e por lá mesmo já garanti meu primeiro emprego na área trabalhando na confeitaria do Grande Hotel no Senac de Águas de São Pedro, antes mesmo de me formar, sob o comando da Chef Patrícia Fontana que hoje me orgulho de ter como cliente.

E mesmo com tanta referência doce na minha vida, os bolos que eram meu encantamento e paixão também eram meu pesadelo. Passei anos da minha vida assando alguns que saíram desastrosos: queimavam, grudavam, solavam, deixavam de crescer ou murchavam no momento em que saíam do forno. Claro que eu nunca desisti, os bolos eram e são minha grande obsessão e depois de muito sangue, suor e lágrimas eu acabei conseguindo acertar a mão.

Hoje dedico, além deste post, boa parte do meu trabalho e inspiração a eles: Os Bolos.

bolo duplo

Em mais uma das minhas peripécias culinárias com a Lets na Cozinha da Matilde surgiu essa ideia maravilhosa de fazermos um post dedicado aos naked cakes (ou bolos pelados/rústicos, o nome você escolhe). E não bastava apenas ser um bolo de festa, tinha que ser um bolo de festa inspirado nas receitas dos nossos caderninhos, das nossas mães e avós e assim nasceu essa linha de “Naked Cakes Brasileiros” que além de ensinar aqui, eu tenho aceitado encomendas lá no meu Nena Chocolates , eu cheguei com a receita do bolo de cenoura com chocolate e a Lets resgatou uma receita de família belíssima de bolo de fubá com queijo e o recheio ficou por conta de uma deliciosa goiabada cremosa.

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Numa quinta-feira deliciosa recebemos a amiga e fotógrafa Flavia Valsani que registrou com muita graça e delicadeza essa nossa brincadeira divertida na cozinha e no quintal onde montamos uma adorável mesa de chá da tarde.

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Tenho que confessar que o que a Flavita fez ao produzir essas imagens é poesia para os olhos e me emocionou profundamente. E me desculpem se o post ficar longo ou parecer um ensaio fotográfico. É que foram tantos cliques lindos que deu dó de deixar alguns pra trás. Esse clima de making-off do nosso trabalho captou bem nossa forma de cozinhar juntas, sempre muito divertida!

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— Agora vamos à receita! —

Bolo de cenoura:

  • 125g de cenoura (ou 2 cenouras médias)
  • 1 xícara (chá) de farinha de trigo
  • 1 xícara (chá) de açúcar
  • 2 ovos
  • 100 ml de óleo de canola (eu usei azeite de oliva, deu um toque especial)
  • 1 colher (chá) de fermento em pó
  • 1 pitada de sal

Recheio:

  • 350g de chocolate meio amargo (usei o 70% cacau da Callebaut, ficou divino!)
  • 200g de creme de leite fresco ou de caixinha

Aqueça o forno à 180*C. Enquanto esquenta, prepare o bolo batendo as cenouras, o açúcar, os ovos e o azeite no liquidificador. Peneire a farinha com o sal e o fermento e junte à mistura no liquidificador. Se seu liquidificador aguentar essa massa, ótimo. Eu prefiro adicionar o que foi batido à farinha numa tigela à parte, misturando com um batedor. Unte três fôrmas de 15cm de diâmetro e divida a massa em partes iguais. Leve ao forno por aproximadamente 25 minutos ou até que estejam prontas as massas. Para checar é só enfiar um palito no bolo e se ele sair seco, voi là, está prontinho!

Para o recheio, basta derreter o chocolate no micro-ondas ou em banho maria e juntar o creme de leite. Espere esfriar um pouco até que tenha consistência para ser espalhado como recheio.

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Aqui nos naked cakes eu costumo fazer com duas camadas bem grossinhas pra que ele tenha sustentação. Também usei o saco de confeitar para aplicar o recheio e deixá-lo mais bonitinho, já que a graça é que fique aparente. Depois é só cobrir com cacau em pó e decorar com flores. Aqui nós usamos a lanterna-chinesa e amor-agarradinho. Uma dica boa é nunca encher demais os bolinhos pelados com flores e frutas, ele é tão  delicado que pede apenas alguns detalhes.

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Com a mesa posta ainda recebemos dois convidados especiais, o Marcelo, marido da Lets e a amiga Maria Teresa que provaram os bolos e ainda posaram para as fotos  apenas sendo phynos e maravilhosos, chiques e famosos.

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O bolo de fubá com goiabada foi feito pela Letícia e lá no Cozinha da Matilde você pode conferir a receita completinha dele e ainda saber mais sobre o queijo que usamos na massa, esse que me deixou apaixonada e pirou a mineirinha:

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   enfim, 
nu,
  como vim
- Paulo Leminski -

E como ele dá o título para o texto e muita inspiração pra minha alma, deixo vocês com o Leminski em forma de música nessa gravação linda de “Baile no meu coração” da banda portuguesa Trovante com participação do seu parceiro de composição, Moraes Moreira.

Corte & Costura e uma cozinha inspiradora.

Há algum tempo, desde que conheci a Letícia Massula, tenho frequentado sua casa e cozinha para alguns trabalhos em conjunto, para comidinhas despretensiosas, reunião de amigos e pra muito papo do bom à beira do fogão ou em torno da mesa. Numa dessas visitas ela me propôs uma parceria irrecusável de produzirmos, juntas, conteúdo pros nossos blogs. Em princípio eu pensei “nossa! que bacana, eu estava mesmo precisando dar um upgrade e dar vida nova ao Radio Vanilla, acho que isso é o empurrão que me faltava!”, mas daí, conversando com ela e planejando os conteúdos a serem desenvolvidos eu vi que não seria uma jornada nada fácil: a mulher tem a melhores e mais doidas idéias e cabe a mim tentar entendê-las e ajudá-la a colocar tudo isso em prática com o conhecimento que eu tenho de cozinha e, principalmente, de confeitaria!

O Primeiro grande desafio proposto foi um bolo bem conceitual. Na verdade, DOIS BOLOS! A Letícia também colabora com o blog Achados da Bia e dá que ela tirou essa ideia linda: Fazermos bolos inspirados em looks usados pela Bia. Super conceitual, juntando moda e cozinha.

A primeira inspiração veio deste look que a Bia montou para um passeio por Bricklane, em Londres (U.K.). A partir das cores e texturas fizemos este bolo de chocolate com coco fresco e pimenta.

bolo bricklane 2

A decoração ficou por conta do coco fresco fazendo as vezes do colete branco e felpudo, e os arabescos da estampa representados por capuchinhas,  açúcar de confeiteiro e pimenta sobre um fundo cacau em pó.

Receita: Bolo de chocolate com coco e pimenta (ou uma versão repaginada daquele bom e velho bolo prestígio)

Massa:

  • 3 ovos
  • 1 xícara (chá) de leite
  • 1 xícara (chá) de óleo
  • 1 xícara (chá) de açúcar
  • 1/2 xícara (chá) de amido de milho
  • 1 e 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
  • 1/2 xícara (chá) de cacau em pó
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • 1 pitada de sal

Na batedeira junte os ovos, leite, óleo e açúcar e bata até ficar bem homogêneo, peneire a farinha, amido de milho, cacau em pó, sal e fermento juntos e vá adicionando aos poucos, batendo em velocidade média. Quando estiver tudo bem misturado, retire da batedeira, e separe a massa em 3 porções. Aqui usamos 3 assadeiras de 15cm de diâmetro, untadas com manteiga e farinha para assar os bolos. Forno pré aquecido a 180 *C, por cerca de 25 minutos. Separando assim a massa em formas diferentes temos esse resultado de um bolo mais alto e elegante.

Recheio:

  • 1 lata de leite condensado
  • 1 caixinha de creme de leite UHT ou 200ml de creme de leite fresco
  • 150g de coco ralado
  • pimenta calabresa seca à gosto

Junte todos os ingredientes numa panela e leve ao fogo baixo mexendo sempre até obter um ponto bem cremoso e consistente de beijinho. Retire do fogo e deixe esfriar completamente.

passo a passo bolo bricklane

Depois é só alternar bolo e recheio em camadas e espalhar um pouco do recheio em volta do bolo para poder grudar os flocos de coco. Aqui optamos por deixar a parte a frente exposta, apenas cobrimos com uma pincelada de chocolate derretido. Para o topo, pegamos o desenho da estampa do vestido e fizemos um stencil (ou molde vazado) com o desenho para polvilharmos o açúcar de confeiteiro e a pimenta em pó.

finalizacao bolo bricklane

O segundo bolo foi criado em cima das estampas do look abaixo com o bolo de chocolate representando a jaqueta de couro e as frutas da decoração juntamente com o recheio de menta  e as folhinhas de hortelã foram uma livre interpretação da estampa do vestido.

bolo frutas
Receita:

Massa de bolo de chocolate (a mesma utilizada anteriormente)

Recheio de menta:

  • 500g de chocolate branco
  • 200g de creme de leite (pode ser fresco ou UHT)
  • 1 colher de sopa de pasta ou licor de menta (se quiser mais forte na cor ou no sabor é só acrescentar mais)

Derreta o chocolate branco no micro-ondas ou em banho-maria e acrescente o creme de leite e a menta. Misture tudo até ficar bem homogêneo. Deixe o creme esfriar à temperatura ambiente e e recheio o bolo alternando em camadas. Aqui usamos um saco de confeitar para dar um efeito melhor já que as camadas de recheio ficariam expostas.

bolo frutas montagem

Os resultados ficaram incríveis e se tornaram inspiração pra novos posts que virão com o tema de Naked Cakes. 

A experiência foi tão prazerosa que eu me redescobri boleira participando deste desafio de juntar cozinha e moda. E pra fechar esse post que foi tão trabalhoso e recompensador, uma trilha sonora da boa,  que tem tudo a ver com moda.

David Bowie – Fashion

Para saber mais sobre os look e o conceito desta ideia acesse o Blog Achados da Bia

Ficou curioso sobre como foi feita toda a produção? Acesse o Blog Cozinha da Matilde – lá você ainda confere uma receita bem legal de frutas assadas com pesto de hortelã.

Se você salivou com este post e não é tão chegado assim em fazer bolos, encomende comigo pelo Site Nena Chocolates

Montagem das imagens: Ricardo Perotti

Fotos: Alessandra Luvisotto e Letícia Massula

O Garajão Goiano

pequiFoto: Cozinha da Matilde

As cozinheiras mais queridas do cerrado, Leticia Massula e Larissa Januário promovem no próximo final de semana o primeiro (tomara que seja o primeiro de muitos) “Garajão Goiano”.
Mesmo radicadas em São Paulo há muito tempo, elas nunca deixaram suas raízes e sempre dão um jeito de incorporar os ingredientes regionais em suas receitas. Os amigos ficam doidos e sempre que elas viajam pedem pra que tragam estes quitutes e especiarias de causar inveja em qualquer despensa. E então surgiu a ideia de profissionalizar as encomendas e organizar as comidinhas nesta feirinha de garagem que acontece no próximo sábado na Vila Madalena.
Entre os quitutes que chegam de viagem na mala teremos pequi, linguicinha apimentada artesanal, tempero pronto natural, pamonha doce e salgada, doces, compotas e biscoitos de fazenda, empadinha goiana, a melhor farinha de mandioca do mundo, o polvilho que rende um pão de queijo genuíno, entre outras raridades.
E  pra complementar a feirinha eu estarei presente com a minha banquinha de docinhos Nena Chocolates que já estão bem urbanos, mas que tem suas raízes nas fazendinhas desse mundão: cucpakes de maçã, de limão com chocolate, brigadeiros gourmet (enroladinhos e de colher), chocolatinhos recheados, biscoitos decorados e outras surpresinhas.
Como se não bastasse se alimentar o estômago com as melhores comidinhas, você também pode alimentar a alma e o cérebro com um sebo de livros da biblioteca feminista da Lets. Aproveite a vibe do Outubro Rosa para adquirir estes livros à preços módicos na nossa feirinha. A renda vai ser revertida para nossa amiga Lu Freitas cuja história vocês podem conhecer melhor no blog mais emocionante do universo: Descabeladas.
Cheguem cedo pra garantir seu quinhão e tragam a família e os amigos.
Serviço:
O que? Garajão Goiano
Quando? Sábado, dia 20/10, das 10h às 16h
Onde? Na Cozinha da Matilde, Rua Dr. José Almeida de Camargo, n 96, Vila Madalena.
Forma de pagamento: Dinheiro

E na trilha sonora em homenagem ao cerrado: Macaco Bong, do Mato Grosso!


Macaco Bong – Shift

Em terra de Macaron quem reinou foi a Madeleine!

Já inicio dizendo que este não é um post patrocinado (apesar de que um cascalhinho iria bem…), mas eu cito aqui marcas e empesas porque sou primeiramente a favor de compartilhar informação e sei da dificuldade de  encontrarmos certos produtos no mercado.
 
 
No ano passado tivemos, eu e o namorado, a oportunidade linda e maravilhosa de conhecer Paris, terra da gastronomia e de tudo que há de bom nessa vida! Dentre chocolates finíssimos, croissants e macarons tivemos nossos momentos de comilanças low cost (sim, isto é possível na França!) e descobrimos um bolinho sensacional que era vendido tanto por unidade nas padarias quanto em pacotes imensos nos supermercados e vending machines no metrô: Les Madeleines.
Confesso que sabia da existência do docinho, mas não fazia ideia do que realmente era e como era feito até finalmente degustá-lo. O sabor suave de laranja e a textura macia das madeleines se tornaram uma lembrança pra vida toda.
Tentei procurar as forminhas em todas as lojas e nunca encontrava, pela internet eram caríssimas ou apenas oferecidas em moldes de silicone (dos quais eu não sou muito fã…), até que há alguns dias de passagem pela loja Barra Doce, em Moema, me deparei com pacotinhos de 12 unidades destas forminhas individuais de alumínio e a preços acessíveis. Não pensei duas vezes e levei pra casa logo 2!
 
 
Corri para a internet e pesquisei por várias receitas. Achei que a melhor fonte seria uma original, francesa e graças aos anos de estudo da língua pude encontrar uma receita fácil e de sabor e textura que não devem em nada às madeleines que comi no velho mundo. 
E aqui eu compartilho com vocês a versão traduzida e testada por mim, adaptada daqui: http://www.marmiton.org/recettes/recette_madeleines-faciles_17700.aspx
 
Ingredientes:
3 ovos
150g açúcar
200g farinha
2 colheres (sopa) água de flor de laranjeira (que eu não tinha e substituí pelas raspas da casca de uma laranja + 1 colher de suco de laranja)
8g fermento em pó químico
100g manteiga derretida
50g leite (40 + 10)
 
Modo de preparo:
Derreta a manteiga em fogo baixo (ou micro-ondas) sem aquecer demais e reserve.
Numa batedeira (ou à mão se você tiver coragem) bata os ovos com o açúcar até ficar uma espuma leve e esbranquiçada. Em seguida, junte a água de flor de laranjeira e 40g do leite. Depois junte a farinha, o fermento, manteiga derretida e o restante do leite (10g). Deixe a massa descansar por 15 minutos.
Unte as forminhas de madeleine – sei que essa é sempre a parte mais chata da história, então apresento-lhes  esta descoberta FENOMENAL: Bake Easy! Também encontrado na loja da Barra Doce.
 
Este é um ingrediente inteligentíssimo da cozinha moderna, sem o qual eu já não vivo sem. É um spray da empresa norte-americana Wilton utilizado pra untar qualquer tipo de forma ou assadeira. Nunca mais você vai usar manteiga e farinha pra untar nada depois que usar isso aqui! Simplesmente você borrifa o líquido mágico (segundo o fabricante: à base de óleo de canola, lecitina de soja e propelentes),  na forminha e voilà!- depois despeje um pouquinho da massa em cada forminha, no máximo até 1/3 do volume pra não derramar, porque elas crescem!
Asse-as em forno pré-aquecido à 200°C por aproximadamente 15 minutos ou até as bordinhas começarem a dourar. Retire do forno e desenforme ainda quente.
 
Uma delícia com cafezinho ou chá da tarde!
E como o negócio aqui é sempre falar dos meus dois amores, a cozinha e a música, eu lhes deixo na companhia das minhas Madeleines favoritas: os bolinhos e a Peyroux.
 
Madeleine Peyroux – J’ai deux amour

Um céu de açúcar e baunilha

Num belo dia de arrumação da sua despensa você se depara com 2 pequenas favas de baunilha desidratadas, sequinhas, sequinhas… escondidinhas num saquinho de papel dentro de uma marmitinha de alumínio lá no fundo do armário. Isso não acontece todo dia e um evento desse não pode passar batido!
Como me deparei com essa situação nesta semana, parei tudo que estava fazendo e pensei “é hoje que sai esse açúcar vanille!”
Já li e reli centenas de posts em blogs nacionais e gringos falando de como aproveitar favas já utilizadas nesta receita maravilhosa. No meu caso, andei fazendo muito sorvete de baunilha no verão e resolvi testar o reaproveitamento das favas utilizadas na infusão. Como foram utilizadas com leite, lavei bem as favas em água corrente, tirei o excesso da água com papel toalha e as deixei secar em aberto por quase uma semana para que não mofassem. Assim que secaram, guardei-as num saquinho de papel e as encontrei mais de um mês depois super desidratadas e prontas pro novo uso.
Lá vai a minha receita inspirada em centenas de receitas mundo afora:
Ingredientes:
2 favas de baunilha desidratadas
1 (ou 2) fava de baunilha fresca
1 kg de açúcar refinado
Modo de preparo:
Separar 1 xícara do açúcar, juntar às 2 favas desidratadas e bater no processador por, aproximadamente, 5 minutos até tudo virar pó. – Alguns pedacinhos ainda ficaram então eu peneirei este açúcar batido.
Depois é só juntar esta mistura ao restante do açúcar e colocar num vidro juntamente com uma fava fresca.
Todos os dias eu vou dando misturadinha em tudo pra que os aromas se uniformizem e açúcar não fique empedrado.
E este açúcar pode ser usado de diversas maneiras: em receitas de pudins, biscoitos, cremes ou até mesmo para adoçar seu chocolate quente, capuccino ou cafezinho no seu dia de majestade. Porque a baunilha é um dos bens mais preciosos da culinária, é só saber apreciar!
Afinal, até o Paul concorda: you must appreciate.
 
 Paul McCartney – Vanilla Sky

Amendoins e idéias

But if you go carrying pictures of Chairman Mao
You ain’t going to make it with anyone anyhow

Meu bolo de amendoim tem participado de reuniões marcantes nos últimos tempos. Ele surgiu na visita da Jana à Sampa pro show do Lanegan  cujo evento já rendeu um post aqui no blog. Acordamos tarde pra um café da manhã e cedo pra um almoço (afinal, só se almoça depois de ter tomado café da manhã!), então resolvemos matar a fome num belo brunch. Como aqui em casa, sempre tem que ter um quitute caseiro na mesa, optei por bater um bolinho enquanto o pessoal saía da cama e formava fila no banheiro. Coloquei na batedeira todos os ingredientes daquele básico bolo branco, mas achei que estava borocochô demais pra ocasião. Fuçando as prateleiras me deparei com um bela farinha de amendoim e dei um jeito de enfiar a danadinha na massa. Não é que ficou bom?
Nesta semana tivemos uma mini reunião das Luluzinhas na aconchegante morada da Lúcia Freitas para discutir os rumos dos projetos sociais do LuluzinhaCamp. E quem não poderia faltar neste encontro? O bolo de amendoim! A versão da última terça-feira ainda levou gotinhas de chocolate na massa, mas hoje segue a receita original deste curinga da cozinha.

Bolo de amendoim
2 ovos
1/2 xícara de manteiga
1 xícara de açúcar
1 xícara de farinha de amendoim (ou amendoim torrado e triturado)
1 pitada de sal
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher (sopa) fermento em pó
180ml leite

Passe a farinha de trigo, o sal e o fermento pela peneira e reserve.
Na batedeira junte os ovos, a manteiga, o açúcar e a farinha de amendoim e bata em velocidade média por aproximadamente 4 minutos, até formar um creme fofo e clarinho.
Reduza a velocidade e junte aos poucos a mistura de farinha, sal e fermento peneirados alternando com o leite até obter uma massa bem homogênea.
Depois é só levar a massa para o forno numa assadeira untada e enfarinhada e assar por cerca de 30 minutos a 180 °C.

Eu usei essa fôrma de furo com 20cm de diâmetro, ficou bem rechonchudo e macio!
E obviamente fica a dica de que o amendoim pode ser substituído por toda e qualquer noz ou castanha possível e imaginável.

 hmmm…

Ué! E hoje não tem música? Claro que tem!
Apesar do bolo não me remeter a alguma música específica, as idéias da reunião e a empolgação da Babi em salvar o mundo merecem uma homenagem. Afinal, o grupo que, já promove incríveis ações de solidariedade internamente, agora pretende compartilhar com toda a sociedade o conhecimento e as informações e trocadas todos os dias através das especialidades pessoais e profissionais de cada uma de suas integrantes.

The Beatles – Revolution